Share
LinkedIn
Exposição individual com curadoria de Leonor Nazaré
Centro de Arte Moderna - Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa
24.09.2021 – 17.01.2022
Morder o Pó é uma exposição individual de Fernão Cruz que apresenta uma seleção de pinturas e esculturas inéditas num projeto pensado de raiz para a Fundação Calouste Gulbenkian.
Desde a sua criação, a Fundação Calouste Gulbenkian tem apoiado o trabalho de artistas jovens e emergentes na cena artística nacional, dando espaço e visibilidade à sua expressão criativa. Morder o Pó é o título da exposição individual de Fernão Cruz (Lisboa, 1995), um jovem artista cujo percurso se tem vindo a consolidar nos últimos anos.
A exposição resulta de um convite feito diretamente ao artista e corresponde a um projeto pensado de raiz para a Fundação Gulbenkian. Serão mostradas 30 obras inéditas: 10 telas pintadas a óleo e a resina alquídica e 20 esculturas, quase todas em bronze, instaladas em dois espaços sucessivos, mas distintos, separados por um corredor escuro que o visitante é convidado a percorrer depois de passar uma porta-pintura entreaberta.
Sobre a sua prática artística, Fernão Cruz revela que há um apagar recorrente do que pinta e que o trabalho «tem de ser capaz da sua possível autodestruição», acrescentando que «é crucial que haja tentativas e pinturas falhadas para que possa conferir sentido àquilo que faz e que acaba por não ser destruído ou esquecido».
Embora este projeto reflita sobre a morte, a perda, a queda, o artista explica-nos que «Morder o Pó é também uma ode à vida que disfarça o medo. Uma tentativa de aceitação.» E diz-nos: «Se por um lado o título revela um certo receio da não presença (que julgo ser diferente da ausência), a exposição pode ser também uma festa».